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Wagner enfatiza em reunião do conselho político que não quer figurante na disputa pela Prefeitura de Salvador

Wagner enfatiza em reunião do conselho político que não quer figurante na disputa pela Prefeitura de Salvador

Embora sem definições ou mesmo o estabelecimento de critérios objetivos para a escolha de candidaturas da base nos maiores municípios, a primeira reunião do conselho político do governador Jerônimo Rodrigues (PT) para tratar das eleições de 2024, realizada no último sábado (02), serviu para firmar a posição dos principais caciques do grupo de que o nome selecionado pelos aliados para a cabeça de chapa na corrida pelo Palácio Thomé de Souza não pode ser de um mero figurante. Ou seja, o candidato precisa ser único e competitivo.

Antes do encontro, algumas lideranças partidárias vinham sinalizando a preocupação de que a candidatura em Salvador pudesse ser apenas para cumprir tabela diante do favoritismo do prefeito Bruno Reis (União), postulante à reeleição. Essa suspeita cresceu a partir da decisão do PT de lançar como pré-candidato o deputado estadual Robinson Almeida, pouco conhecido do eleitorado soteropolitano. Coube ao senador Jaques Wagner (PT) desmontar essa tese.

Segundo apurou o Política Livre, Wagner disse, na reunião, que a candidatura da base em Salvador não pode ser apenas para marcar posição. Ele, que não citou especificamente nenhum postulante a candidato, frisou que 2026 também passa por 2024, ou seja, pela vitória em cidades importantes.

O senador argumentou ainda que o êxito de Jerônimo em 2022, fruto da união dos partidos aliados, foi o mais importante desde 2006, quando o parlamentar iniciou o ciclo de vitórias petistas no Estado, desde então interrupto e histórico. Isso porque, destacou Wagner, o “neto” do carlismo foi diretamente derrotado nas urnas por uma liderança nova nas urnas, e não um mero representante do grupo adversário. O ex-governador acredita que um nome competitivo pode ter chances de fazer o mesmo na capital se houver a mesma união.

Jerônimo foi na mesma linha. Ele lembrou que o grupo liderado pelo ex-prefeito ACM Neto (União) governa hoje as maiores cidades do Estado, e não apenas Salvador. Até para melhorar o cenário em 2026, quando deve tentar a reeleição, o governador defendeu o empenho dos partidos aliados pela escolha de nomes competitivos na capital e nos grandes centros, passando a responsabilidade inicialmente para as legendas.

Jerônimo salientou que o governo fará, até as eleições, muitas entregas na capital, e o candidato da base tem que ser definido logo para que capitalize politicamente as ações do Executivo estadual. O senador Otto Alencar concordou, e afirmou que, em nome da competitividade, o partido dele, o PSD, pode retirar do páreo na capital o deputado federal Antonio Brito, que tem se colocado.

Outras lideranças também falaram na reunião em defesa da união, a exemplo da deputada federal Lídice da Mata, presidente do PSB baiano, e de Éden Valadares, que comanda o PT baiano. Outras, como o presidente de honra do MDB, Lúcio Vieira Lima, optaram apenas por escutar. Ninguém defendeu especificamente candidaturas em Salvador ou no interior.

A expectativa agora é que uma nova reunião do conselho possa acontecer na semana que vem, após os partidos ampliarem as conversas internas e entre si. O foco mais imediato é resolver quem será o candidato em Salvador, o que, além de permitir uma exposição maior do escolhido a enfrentar o favorito Bruno Reis, facilitaria também os entendimentos da base aliada no interior.Política Livre

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